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Foto do escritorAndersonn Prestes

Bonita recepção


Acho que no canto do imaginário de quase todo homem mora uma recepcionista, vendedora de loja de roupa ou aeromoça. Mulheres geralmente lindas, bem arrumadas, educadas e queridas. A reação no primeiro contato é sempre peculiar e muito dinâmica. A voz, o olhar simpático, o cumprimento e a pergunta: Bom dia. Posso ajudá-lo? O que o senhor deseja?

Às vezes, perturbado, não sabendo bem qual ajuda ou desejo, o senhor espera, estático. Não sei pelo quê. A chave desliga por alguns micro-segundos e ela, em dúvida, não entende se há algum distúrbio cognitivo ou alguma barreira linguística.

Enrolado, ele despeja o que tem pra dizer ou perguntar.

Pedido concedido, dúvida acatada, o senhor vai embora. Ela fica, a espera, para a chegada do próximo desorientado.

O novo, bonito e interessante desperta um pouco de paralisia. Do tipo bom eu acho. Por isso pode ser tão legal viajar ou experimentar um prato de dar água na boca.

Fui para Bonito no Mato Grosso do Sul durante a semana passada. Lugar paralisante. Seja pelas flutuações no aquário natural, as grutas e cavernas ou o turismo de aventura. Algumas daquelas de encher os olhos. A única coisa é que é tudo tão organizado e massificado que acaba perdendo um pouco da espontaneidade. As “ilhas” conservadas em meio à agricultura e pecuária são muito bem exploradas pelo ecoturismo.

Conheci pessoas muito interessantes e singulares, como sempre acontece. Quase desidratei caminhando pelo sol do Cerrado, vi tucano, arara, tamanduá e jabuti, comi carne de jacaré e congelei na água da cachoeira. Usando a expressão poderia dizer que peixe é mato, assim como o gado – 14 cabeças por habitante.

A cidade parece praia, uma rua principal, lojas de souvenir, supermercados e restaurantes.

Da população de 14 mil, bastante gente é de fora.

O tempo lá passa mais devagar, o dia começa e termina cedo. Quase tudo é bilíngüe e vemos pessoas de todos os tipos.

Recomendo quem quer que seja a dar um pulo. Só levem um pouco a mais para fazer escala no Pantanal, viagem que tive que adiar. Foram quatro dias, curtos, mas muito receptivos.

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