Acordava sempre no mesmo horário depois de uma boa noite de sono. Morava no pé do farol, no mar distante, com areia fina e tenra. Tomava o café preto com alguns pães quentes. Desfrutava algumas páginas do romance e organizava o lugar. Ia até a vegetação costeira olhar os pássaros e ver se estava tudo bem. Quando o relógio marcava 18h chegava o momento de ligar o farol, iluminar o mar e guiar os marinheiros. Sentia-se orgulhoso por servir à lua e aos homens. Sentia-se importante por desempenhar tarefa simples, mas iluminadora. Era o que precisava, no final do oceano, para ter uma noite tranquila.