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Foto do escritorAndersonn Prestes

Dia 2 na casa pós-enchente



Mais uma vez o dia começou cedinho. Perto das 7h estávamos chegando na casa. A paisagem ainda é desoladora, mas agora o choque inicial já não é tão grande. E há o foco de que há muito o que fazer.

 

A passagem pela BR 116 está livre. Finalmente toda a região secou. A entrada para o bairro Harmonia via centro de Canoas é de fácil acesso.

 

Conforme a manhã ia se estendendo, os vizinhos iam chegando. Os amigos e parentes deles também. A rua fica repleta de carros misturados com restos de sofás e armários. É um sábado, um dia ensolarado: um movimento esperado e aguardado.

 

Dessa vez estamos em mais gente. E a hora do lanche parece uma Cantina a céu aberto, em meio aos escombros, daqueles munidos de sanduíches naturais e garrafinhas de água. Amigos vieram participar do mutirão.

 

O dia é longo. Terminamos de esvaziar a casa. Retiramos todos os pisos empodrecidos, removemos as tomadas, portas, seus marcos e os rodapés. Foi separado algumas coisas para tentar recuperar.

 

Os amigos/parentes vinham em fluxo. Um grupo grande cedo pela manhã. Outros chegam. Uns saem. Mais um ali que se abraça no rodo. Outro pega a esponja. No final agradecemos.

 

Não era planejado começar a limpeza, mas começamos. A casa começa a ter um aspecto de casa novamente. Com a força de pessoas disponível e um lava-jato, escovamos as paredes com esponja e detergente, seguido do lava-jato. As paredes internas e os vidros deram uma boa limpada. Um alento. O cheiro já não é tão forte. E a casa parece casa. Não um resto de qualquer coisa mergulhada em água suja.


O caminho é longo, mas há um caminho.


 

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