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  • Foto do escritorAndersonn Prestes

Meio cheio, meio vazio... e a pandemia



Pandemia, nuvem de gafanhoto, seca, a vendedora de salgados não tem tele-entrega para Canoas. As coisas andam complicadas, é bem verdade. Tem aquela história do copo meio cheio, meio vazio; do limão fazer uma limonada.

Será que o mais otimista pensaria num ensopado de gafanhotos?

Pelas fotos eu vi que são grandes. Gratinados, à milanesa ou cozidos. Há povos que consomem. Mas acho uma má ideia. Vai que ainda apareça o inseto vírus. Pessoas contaminadas ficariam fazendo zumbido no ouvido uma das outras.

Zumbizando por aí.

Compraríamos quilos de inseticida, chamaríamos o exército para aplicar aqueles jatos pelas ruas. Seria o caos.

E a seca? Estamos em casa e todo dia faz sol. Às vezes nubla aqui e ali, cai uns pingos da água. Mas em geral faz aquele dia ideal para ir acampar; ir naquele evento de rua com o cooler de cerveja e amigos (agora estariam pipocando festas juninas). [saudades]

É ruim para a produção agrícola. É ruim para quem não pode ir à rua desfrutar do sol.

O otimista diria que a roupa fica seca no varal (apesar do sol fraco do inverno). Quase podemos usar o mesmo pijama todos os dias. Se tiver dois pijamas o look da semana está garantido de maneira confortável. Eu não uso pijama, mas tenho notado que precisaria de no máximo três camisetas e três cuecas durante toda a pandemia.

E a pandemia... Essa não ajuda muito o otimista. Claro que há o aspecto humano que vem sendo discutido globalmente. De sairmos dessa mais solidários. Mas no momento não há muito espaço para o otimismo, pelo menos no Brasil. Muita gente já morreu. Mais gente irá morrer. E nossos líderes, especialmente na esfera federal, não estão agindo de forma prudente.

Muitas pessoas não estão levando a sério. Estamos todos cansados de ficar em casa. Mas é necessário. 50 mil mortos não é apenas uma estatística. São pessoas com uma história única interrompida por algo que provavelmente poderia ser evitado.


Cada “um” é um universo inteiro.

A coisa apertou aqui no sul também e pelo sistema de bandeiras, a região de Porto Alegre (onde moro) está vermelha. Desse modo, possui regras mais severas de restrição e isolamento.

Há, claro, aqueles que não podem ficar em casa. Precisam trabalhar. Não têm como fazer home office e todo final de mês contam com o ordenado para equilibrar as contas.


No final de todas as contas é muito triste. Crise financeira. Crise humana.

Pelo jeito só a vacina vai nos “libertar”. Enquanto isso fico em casa, pensando positivo, otimista de que tudo vai passar. Que até sairemos mais fortes.

E aguardando pacientemente o dia de ir lá experimentar os salgados que não entregam por aqui.


(ironicamente, um dia depois de escrever o texto choveu de maneira considerável)

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