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  • Foto do escritorAndersonn Prestes

A gravação do videoclipe de “Horizonte”



Poucas semanas atrás foi a gravação do videoclipe para minha música “Horizonte”. Foi um dia cheio e de muito trabalho. A gravação foi aqui em casa, pelo menos a parte onde eu participei ativamente. Toquei a música muitas vezes. Mais vezes do que poderia contar, em tantos ângulos quanto poderia imaginar.

Achei que fui bem. Consegui sentir a música e entregar uma performance satisfatória. “Horizonte” é uma música levemente melancólica e com um ar de esperança.


O refrão fala de um horizonte cansado.


O horizonte está sempre no final do nosso campo de visão, faça chuva ou faça sol, no inverno ou no verão: penso que pode cansar. Ele é testemunha dos momentos; um guardião do tempo - “na distância do que ainda pode alcançar”.

O projeto do videoclipe só pôde ser realizado devido ao financiamento promovido pelo edital FAC Digital RS. Junto a produtora audiovisual Colateral Filmes, a proposta enviada foi aprovada. O tema do videoclipe é o isolamento. Em meio à pandemia, o isolamento social se tornou um dos métodos mais eficazes para conter a disseminação da covid-19.

Nesse cenário, a arte mostrou-se ainda mais importante para a manutenção da saúde mental, amenizando efeitos como o estresse e a ansiedade, recorrentes devido à situação não usual. No clipe, a arte projeta-se em meio as ruas vazias, preenchendo aquele vazio, vinda do canto isolado de uma casa.

“Horizonte” é a sexta faixa do meu álbum de estreia, lançado no final de 2016. Toda a sua atmosfera combina com a situação atual. Um momento de reflexão. De entendimento. Há os versos que falam “sobre estar só?” seguidos de “sobre não estar só?”.

É uma de minhas composições preferidas. Há um trabalho vocal interessante. Ao longo de toda canção há alguns vocais pontuais acompanhando a voz principal. No refrão, as vozes vão se sobrepondo, somando-se cinco camadas até o final, antes do silêncio que precede a parte instrumental.

Acho que a frase que mais gosto é a que diz: “não adianta correr, quando não há o que esperar”.

O mundo deu uma pausa. Esperar pode ser no sentido de esperar por algo ou alguém, que de certa forma é o oposto de correr. Se não podemos esperar ou aguardar por algo, não adianta correr para que aconteça. Agora não temos muita escolha, precisamos esperar uma vacina ou que os riscos diminuam de alguma maneira.

Em um outro sentido - e talvez o que estivesse em minha mente quando escrevi - esperar estaria relacionado com algo que não teria um sucesso evidente, algo que não há muito o que esperar, que não teria muita chance de dar certo - e por isso não adianta correr. A frase viria como uma resignação, uma tranquilidade de compreensão.

O videoclipe já está em fase de finalização. Trabalhamos juntos no primeiro corte e os produtores acataram muito das minhas sugestões. Estou esperando a versão final que precisará ser lançada até dia 21 de outubro como consta no edital.

Logo logo o vídeo chegará e espero que aqueça os espectadores com sentimentos bons.


Edit - abaixo o videoclipe e sua versão final.




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