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  • Foto do escritorAndersonn Prestes

A geração



Acabei de ler sobre um cara que largou o emprego bem sucedido como advogado e abriu uma empresa de chocolates. Ele foi à Nicarágua algumas vezes porque lá tem bom cacau. Ele viajou por um ano depois que decidiu sair do antigo trabalho. Outro dia li outro alguém que largou a academia (não a para ficar forte, aquela com livros) e hoje trabalha em um órgão público. Também tem um que escreve para algum lugar depois de algumas derrapadas.


Li que nossa geração é muito educada, mas tem pouca estabilidade. Às vezes não sabe o que quer. Mas é criativa. É só olhar os vídeos. Tem aqueles talentos malucos fazendo música com tocos de bambus no topo do Himalaia. Essas coisas. Não sei bem o que traz dinheiro nos dias de hoje. O que traz estabilidade de verdade. A Wikipédia é livre e gratuita.


Seria o conhecimento gerador de receita? Talvez a receita de bolo, que também deve estar no Wikipédia e que pode gerar lucro.

Acho que tudo está mudando. Não sei, às vezes vejo um floco de coisas acontecendo, que são inevitáveis.

É natural todos nós gostarmos de reconhecimento e servir o outro de alguma maneira. Pelo menos é assim que penso. Os canais do youtube estão aí, por exemplo. Alguém no canto da África Sul posta um discurso libertador de um líder local. Ele ganha visitas. Ele ganha apoio e feedback. Alguém se importa com aquilo. Isso é importante. Isso satisfaz. É um retorno.


Talvez num futuro utópico, o dinheiro já não seja tão importante. Talvez para fazer a máquina girar não precise de uma recompensa física. Apenas cumplicidade. Eu trabalho e sirvo à sociedade porque me satisfaço. Não por qualquer recompensa terceirizada. Também vi um Ted, daquelas palestras que pessoas inteligentes e articuladas falam, e dizia que nosso sistema de trabalho é muito baseado na premissa de que somos preguiçosos. Que precisamos de uma recompensa. Do contrário só dormiríamos e assistiríamos Netflix. Ele argumenta que não é bem assim. É bom fazer algo. Se sentir útil. Ter uma espécie de propósito diferente do que apenas esperar o próximo episódio.

A tecnologia está aí. A chamada economia compartilhada. Eu fiz um Instagram. Tem umas gurias bonitas e posso ganhar uns humildes likes vez que outra. Sabe que comecei a fazer um curso de TI online, da universidade de Duke. Quero saber como isso funciona. Acho que no futuro todos vão saber. Tudo é conectado e compartilhado. Acho que a economia está aos poucos sendo assim também. Não gosto de entrar nesse assunto, porque não sou especialista. Acho que sou um liberal (mais no sentido como os Americanos empregam) que acredita em um Estado forte, se isso for possível. Quero garantia, segurança e quero liberdade. Mas talvez até esses conceitos já estejam mudando.


Quero que as cabeças abram e que os millennials achem um lugar estável e confortável para se desenvolver.

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