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  • Foto do escritorAndersonn Prestes

Até que um dia qualquer alguma coisa mudara




Tem visitas em casa. Meu tio, minha vó, minha prima – e teve mais primos de tarde com a filhinha. A Stellinha gostou da minha vó.

Gente chega, gente vai. Cresce, dorme, come. Envelhece...

Estava ouvindo essa música do Paralamas sexta, quando tomei umas cervejas em casa. O nome é “Um pequeno imprevisto”.

Conta a história de alguém que queria muita coisa:

“Eu quis querer o que o vento não leva”(...) “Eu quis amar o que o tempo não muda”(...)“Eu quis prever o futuro, consertar o passado”. “Calculando os riscos/Bem devagar”.

Então o pequeno imprevisto acontece...

“Até que um dia qualquer eu vi que alguma coisa mudara/trocaram os nomes das ruas e as pessoas tinham outras caras/no céu havia 9 luas e nunca mais encontrei minha casa”.

Ele queria. Estava lá, querendo. A gente sempre quer. Até porque devemos querer. Pelo menos alguma coisa.

Só que as coisas mudam. O céu abre, o vento esfria, o ônibus não passa.

Na música, não sei se o fato de ele nunca mais encontrar a casa é uma libertação. Ele saiu daquele mundo controlado, calculado, pesado. Ele viu 9 luas no céu. Um universo de possibilidades. Novas caras, novos rumos. Ele já tem uma nova casa.

– ou foi uma penitência? Ele nunca mais voltou por sempre querer tudo calculado.

Não sei o que o Herbert quis dizer. Mas prefiro ficar com a versão da liberdade.

Até porque não é qualquer um que teria nove luas.



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